Já várias vezes vi crianças obesas ou com excesso de peso e afirmei, categoricamente, que devia ser considerado maus tratos! Alguém que cria nos seus filhos, deliberadamente, mais hipóteses para contraírem doenças no futuro (e não só!) não está a fazer a coisa bem. E não há a condescendência de não saberem. TODA a gente sabe que há coisas que fazem mal, não se diz só por dizer. Informação é poder e está ao alcance de qualquer um.
Mas os miúdos com excesso de peso não são os únicos mal alimentados. Os magros também! Eu até me arrepio, quando sei que há miúdos que comem chocapics e estrelitas e afins de manhã ao pequeno almoço, e que depois ainda levam manhanzitos para o lanche ou bolahchas de chocolate de pacote ... e que qd vão ao café com os pais em vez de beberem um copo de leite bebem um ice tea...e pior, ver bebés no macdonalds?! Sério isto é tudo coisas que me fazem imensa confusão e inclusivé já foi, muitas vezes, tema de discussão cá em casa.
Mas remar contra a maré é difícil e eu, mesmo não tendo filhos ainda, ameaço imensas vezes os meus pais que ai deles se um dia entupirem uma criança minha com porcarias que só irá, eventualmente comer, quando não tiver mesmo controlo naquilo que come. Da sogra já nem falo porque, com conhecimento de causa, é horrível neste aspeto, mas mais uma vez, remar contra a maré sozinha foi sempre difícil.
Isto tudo a propósito deste artigo, que eu acho importante todos os pais e pais to become lerem.
http://visao.sapo.pt/o-acucar-e-o-maior-veneno-que-damos-as-criancas=f815340
Porque uma coisa é sermos adultos, com informação sobre as coisas, e ainda assim, decidirmos fazer/comer coisas menos saudáveis, sabendo as possíveis consequências disso, outra é darmos isso às nossas crianças sem eles terem possibilidade e conhecimento para decidirem por eles. É errado. Muito errado.
E não, isto não é hipocrisia e não venham cá dizer (como já aconteceu quando dou a minha opinião) "quando tiveres filhos logo vês" que eu não tive mas já tive a experiência com uma criança que era como se fosse e sempre fui peremptória naquilo que fazia por ela relativamente a este tema. Se não fiz mais foi porque não tinha poder para tal!