Desde miúda que me lembro de aprender com o meu pai e com o meu avô Domingos (que já não cá está) dizeres do antigamente, quadras de poesia, trava línguas...até textos em prosa do livro da primeira classe o meu pai e o meu avô sabiam de cor!
Hoje não sei porquê lembrei-me disto, que o meu pai me dizia muitas vezes:
Cabelo branco é saudade
Da mocidade perdida
Nem sempre é da idade
São os desgostos da vida
Mas aprendi muitos mais, e tenho pena de não ter apontado tudo porque hoje, há muita coisa que já esqueci ou já só me lembro de partes...e fico triste. Triste porque, pelo menos o que o meu avô me passou, e eu já não lembro, vão parar por ali, ficam suspensas no tempo...
Acho que é mesmo assim, umas coisas esquecem-se, outras não nos sairão da memória nunca. E eu tenho uma memória muita badalhoca, ora vejam só, o que eu ainda me lembro do meu avô me cantar entre risos ( e eu juro que parece que o tou a ver, a rir sem parar enquanto cantava para mim):
A Maria Mamalhuda
Foi comprar duas camas
Uma para se deitar a ela
Outra para deitar as mamas
:)))))
O trava línguas, que ainda hoje digo a muita gente que só conhece os básico é este(e eu já o digo de trás para a frente quase, pois devo ter aprendido isto aí com uns 5 anos com o meu pai):
Tenho um ninho de mafagáfas
Com sete mafagafinhos
Quando a máfa gáfa a bála
Ficam todos a mafagafar
Agora digam lá muito depressa:P