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Segunda-feira, 10 de Março de 2014

A verdadeira história do 8 de Março

Já aqui disse, que o dia 8 de Março ficou a ser para mim, unica e exclusivamente, o dia em que faleceu a minha avó Ana. Cada ano que passa, nem acredito que já fez mais um...ainda a sinto tão presente, ainda sinto tanta falta dela... Por motivos óbvios, não me vou meter nunca em jantaradas e coisas do género, não tenho espírito, e estou sempre em pontinho de rebuçado pronta a chorar, portanto nesse dia é tentar distrair-me o máximo possível e não ver, não pensar em coisas tristes, e todos à minha volta serem extremamente tolerantes comigo. É só o que eu peço.

Este ano fui passar o fds fora, tinham-nos oferecido já há séculos um fds do Odisseias e como já estava a chegar ao fim da validade, e não tínhamos nada programado este, lá fomos nós rumo a Montemor-o-novo, para a herdade da Ameira. Provavelmente foi por estar mais sensível, mas não imaginam o quão me irritou este dia... para jantar e arranjar mesa foi um castigo, gajas aos berros por todo o lado (juro, berros!), depois nos bares "ah e tal, os homens só pode vir depois" porque ia haver striptease masculino (really?)...ca neeeerves!! Enfim...

Mas retomando o propósito deste post, não sei se sabiam a origem do dia 8 de Março, eu não sabia, e só assim me fez sentido, como homenagem a mulheres guerreiras.

 

"No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas)."

 

É triste, mas o espírito deste dia é (devia ser!!) mesmo isto, homenagem a grandes mulheres e valorização das mesmas. De todas nós!

 


Ela é que sabe, a Li às 16:16

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Sexta-feira, 8 de Março de 2013

Faz hoje 4 anos...

...que o meu pai me ligava de manhã e só conseguiu dizer "Olha...vem cá a casa da avó..a avó..."...

Não sei se o meu pai ainda ouviu o "vou já para aí" que eu já estava a agarrar na roupa e a ir escada abaixo quase em direção à porta.

Fui o caminho todo com um embrulho no estômago mas a mentalizar-me que ela se tinha apenas sentido mal...mas eu sabia que não era bem assim, só que aqueles minutos até lá, só os conseguia fazer assim, a pensar que se tinha apenas sentido mal...

Hoje fez 4 anos e as saudades que ainda tenho dela e a falta que me faz traduz-se tão bem se disser que ainda não consigo falar dela sem me virem logo as lágrimas aos olhos, ainda não vejo avós e especialmente avós com netos sem chorar, e ainda não passo um Natal sem ter que ir para o quarto chorar um bocadinho para aliviar a coisa...

 

Por isso, agradeço os votos de feliz dia da mulher, mas para mim é apenas e só o dia que fiquei sem a minha avó Ana.


Ela é que sabe, a Li às 15:34

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Sábado, 28 de Julho de 2012

Avó Ana

O dia dos avós foi na 5a feira passada...e parece que foi ontem que tinha comigo a minha querida avó...tenho saudades dos abraços com o "então filhooota da avó", saudades de passear de mãos dadas com ela, saudades das tardes que passava a conversar com ela enquanto pintava as unhas, saudades de fazer coscurões com ela, saudades de comer a canjinha que ela fazia tão bem, saudades do cheiro de casa dela, sempre a cremes e perfume, saudades de chegar e ir ao pote dos rebuçados (até ser beeem crescida)...não pode já ter passado 3 anos...não pode:'/

 

Ainda tenho um grande nó na garganta. Ainda me custa ver confraternizações entre avós e netos sem chorar. Ainda me custa que, quem as tem ainda, não lhes ligue nenhuma quando eu dava tudo para ter mais um dia com a minha avó Ana...

 


Ela é que sabe, a Li às 02:09

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